
Mídia eletrônica profissional


Temperatura de cor. A maneira de definir a cor de fontes de luz contínua
Ricardo Pizzotti
A temperatura da cor é uma maneira de definir a cor de fontes de luz contínua, como a luz do Sol, a luz de tungstênio, a luz da Lua. Ela pode ser medida por instrumentos especiais e é especificada em Kelvin, unidade usada para medir a qualidade relativa das fontes luminosas.
A medição da qualidade da luz permite uma perfeita reprodução cromática. Quanto mais elevada é a temperatura de cor de uma luz, maior percentagem de azul ela terá. Já as luzes de baixa temperatura terão uma alta percentagem de radiações vermelhas.
A luz natural do dia é composta basicamente por duas temperaturas de cor: o Sol com a cor mais quente (vermelha) e o céu com a cor mais fria (azul).

A luz é composta de ondas eletromagnéticas, as quais são sentidas em nossos olhos como cores diferentes, em função de seu comprimento. A cor de uma fonte de luz varia em função da extensão da onda, sendo especificada em termos de temperatura de cor.
Nosso cérebro distingue e ajusta as diferentes temperaturas automaticamente. A câmera não tem a mesma habilidade e registra sem considerar a temperatura de cor, o que faz com que a imagem fique avermelhada quando a temperatura de cor é baixa, ou azulada quando ela for alta. Para que isso não ocorra, as videocâmeras possuem filtros e um sistema (white balance) para ajustar o balanceamento entre as cores básicas.

Diferentes temperaturas de cor são registradas perfeitamente pelo olho humano (1), mas não pela câmera (2), que pode balancear somente uma cor por vez.

Com temperaturas baixas, a cor que primeiro aparece é o vermelho. Conforme aumenta a temperatura, a cor se aproxima dos azuis, tendo como cor intermediária o branco.
Na televisão, há duas temperaturas de cor consideradas “padrão”: 3.200 K e 5.600 K. Em estúdio, foi convencionada a temperatura de 3.200 K, sendo 5.600 K o comum em externas.